sábado, 25 de abril de 2009

Estréia dia 23 de maio no Ágora Teatro


ENTRE AMAR E DESAMAR

Quatro mulheres. Quatro personagens. Quatro histórias. Uma experiência coletiva.Inspiradas nas mulheres da Obra de Machado de Assis, atrizes compartilham com a platéia, entre um café e muitos olhares, quatro histórias de amor... e "desamor".Não existe separação entre público e elenco, entre quem faz e quem assiste, entre histórias vividas e narradas. As histórias das personagens se confundem com as histórias de suas próprias vidas.Memórias, lágrimas e risos se misturam nessa "anti-peça" baseada nos contos Casada e Viúva, Cinco Mulheres, Mariana e Uns Braços.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cenas do Curta: "Solidão Acompanhada"












Direção: Frederico Foroni
Fotos: Julio Boaventura



Processo Curta - Ensaios





Fotos: Julio Boaventura

Não Tempo

Sinto
Vivo uma vez mais
O corpo que respira encanto
Brando

Sublimo
Explodo uma vez mais
O corpo quer respirar, enquanto
Raro

Ancoro
Paro no tempo uma vez mais
O corpo respira vida e flor
Amo

Liana Poiani

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O coração somente se satisfaz quando chega ao supremo, além do qual não há objetivo. O mundano não pode satisfazê-lo. O coração nunca é convencional, está sempre em revolução. Está sempre saltando de um estado a outro. Está sempre tateando, sempre arriscando. Está sempre disposto a arriscar tudo que tem pelo desconhecido. Seu desejo é conhecer aquilo que verdadeiramente é; e Deus nada mais é do que isto.

Notícias Amorosas

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão vazio,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Drummond